Na última quinta-feira, os fãs ficaram apaixonados pelo teaser divulgado da nova animação de O Rei Leão, que estreia no ano que vem. A nova versão tem traços mais realísticos, o que fez com que alguns confundissem com live-action. Apesar de continuar sendo um trabalho de animação, o que mais encantou os fãs foi a fidelidade que o trailer mostra em relação ao filme original.

Por também amar esse filme, que apresenta a trilha sonora mais marcante de todas as animações da Disney na minha opinião, resolvi escrever esse TOP 5 das minhas músicas favoritas das produções da Disney. Além dessas, há outras ótimas canções que para mim merecem ser citadas, como Colors of The Wind (Pocahontas), Beauty and the Beast (A Bela e a Fera) e Once Upon a Dream (A Bela Adormecida), então considerem que foi difícil escolher apenas cinco. 



Sinopse: Em um Brasil retrofuturista onde serviçais robóticos e geringonças apocalípticas coexistem com o sobrenatural, o jornalista Isaías Caminha desembarca em Porto Alegre para cobrir a prisão do infame assassino Dr. Antoine Louison, aprisionado no lendário asilo São Pedro para Psicóticos e Histéricas. Na noite anterior à sua execução, porém, o facínora escapa, desaparecendo como um fantasma de folhetim. À medida que Isaías embrenha-se no mistério do desaparecimento de Louison, passa a questionar seus próprios valores, forja amizades improváveis e junta-se ao Parthenon Místico – sociedade secreta que reúne o imortal satanista Solfieri de Azevedo, o cientista louco Dr. Benignus, a médium indígena Vitória Acauã e os aventureiros do oculto Sergio Pompeu e Bento Alves.  

Editora: LeYa | Páginas: 303 | Ano: 2014 | Preço: R$ 26,50


“Sobreviverás ao abismo da tua própria loucura?”

Logo de início, devo dizer que este livro me surpreendeu muito e acredito que durante os próximos meses estarei sempre o indicando em qualquer ocasião em que eu veja uma oportunidade. “A Lição de Anatomia do Temível Dr. Louison” é o primeiro livro da série “Brasiliana Steampunk”, e o único publicado até o momento.

Sempre gostei do subgênero steampunk (retrofuturismo), por isso quando descobri a existência de um livro que faz uso desse cenário escrito por um autor nacional, tive a certeza de que eu deveria lê-lo. Enéias Tavares foi grandioso em conseguir trazer todos os aparatos tecnológicos como robôs à vapor e zepelins para as terras brasileiras, mas isso foi apenas o começo.

A história do livro se passa em 1911, quando um jovem jornalista chamado Isaías Caminha chega à Porto Alegre. Sua tarefa é escrever uma reportagem sobre o assassino Antoine Louison, acusado de matar cruelmente oito renomados aristocratas da cidade. Já sentenciado à morte, Louison aguarda a execução de sua pena no asilo São Pedro para Psicóticos e Histéricas. 


Antes de escrever a reportagem, Isaías busca conhecer mais sobre o acusado, o que faz com que se surpreenda com a personalidade do doutor. Louison é um homem extremamente elegante, culto e engajado em projetos sociais. Sua inteligência e sensibilidade impressionam o jornalista de tal forma que ele passa a se questionar se aquele homem seria realmente um assassino.

Louison jamais negara os crimes dos quais fora acusado. Pelo contrário, diversas provas depunham contra ele, inclusive os vários desenhos que o próprio havia feito expondo os órgãos de suas vítimas em uma galeria de arte. Porém, enquanto Isaías se depara com tantas dúvidas, acaba conhecendo um estranho grupo de pessoas que se autodenomina Parthenon Místico.

O Parthenon é uma sociedade secreta composta pela médium Vitória Acauã, o imortal Solfieri de Azevedo, o excêntrico cientista Dr. Benignus e os aventureiros Sergio Pompeu e Bento Alves. No momento, todos eles têm um único objetivo: libertar Louison. E quando o prisioneiro desaparece do hospício, resta uma dúvida a Isaías e a nós: quem está certo nesta história?


Assim como Isaías, me vi diante de alguns conflitos morais durante a leitura, e não poderei explicá-los sem dar spoilers, mas tudo o que posso dizer é que esse livro nos mostra uma escolha perigosa entre o que é certo e o que é justo. A obra gera perguntas ao leitor: ele realmente matou as pessoas? Por que ele faria isso? Por serem vítimas aristocratas, estaria ele em favor dos pobres?

Essas dúvidas permeiam a narrativa e o final é surpreendente. Com o avançar do livro, o autor vai nos dando algumas pistas sobre os mistérios que envolvem o doutor. O livro todo é narrado por meio de cartas e gravações que os personagens enviam uns aos outros, o que faz com que sejamos capazes de perceber suas diversas personalidades e o que cada um sabe sobre Louison.

Por se tratar de uma história que se passa em 1911, Tavares fez questão de utilizar em seu texto a mesma grafia de palavras usada na época, o que certamente deu um encanto a mais à narrativa. Por exemplo, você não vai encontrar uma menção à fotografia neste livro, mas certamente vai encontrar um “registro photoeléctrico”. 


Por fim, não poderia deixar de mencionar os personagens do livro. Isaías Caminha, Solfieri, Vitória Acauã, Simão Bacamarte... Você reconhece esses nomes? A obra de Tavares é criada em torno de personagens clássicos da literatura nacional que agora fazem parte do domínio público, criações de Álvares de Azevedo, Machado de Assis, Lima Barreto e outros grandes autores.

Admito que boa parte dos livros em que estes personagens aparecem originalmente ainda não li, mas um dos objetivos do autor também era causar a curiosidade para que mais pessoas lessem esses clássicos e conhecessem os personagens que inspiraram seu livro. E comigo isso deu certo, pois já quero procurá-los para próximas leituras.



Na última sexta-feira, a banda britânica Muse lançou seu oitavo álbum, “Simulation Theory”. Com o lançamento do primeiro single, “Dig Down”, no ano passado, admito que eu não estava muito confiante sobre esse álbum, mas acabei me surpreendendo muito. Posso dizer que ainda prefiro “The Resistance” e “Drones”, mas o novo álbum tem muitos pontos positivos.

Assim como os álbuns anteriores, que traziam músicas contextualizadas com fortes críticas sociais e até sociedades distópicas, “Simulation Theory” também apresenta essa temática, porém de forma mais leve, seguindo pelo viés do retrofuturismo e da ficção científica da década de 1980. Inclusive, a capa do álbum foi feita por Kyle Lambert, o mesmo criador de arte da série Stranger Things. 


Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – aparentemente sem problemas – a participar de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte de seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo maior começa a se revelar.

Editora: Companhia das letras | Páginas: 342 | Ano: 2017 | Preço: R$ 39,90 


Este livro explodiu minha cabeça por que foi uma leitura no susto. Eu estava numa fase de ressaca literária e um dia, fui fazer hora na livraria cultura porque ia encontrar uma amiga e cheguei muito cedo. E como fazemos a hora passar numa livraria?

Depois de fuçar um pouco, me deparei com este livro, sentei e comecei a ler um pouco, meio por curiosidade e eu não consegui parar enquanto não terminei o livro. (Não, eu não li o livro todo na livraria, tive que terminar em casa).
Há muito tempo um livro não prendia tanto a minha atenção quanto este e fico muito feliz quando isto acontece.

E por que este livro em especial me causou tantas emoções?

A premissa do livro é muito interessante, mais do que isso, muito instigante. Jovens cometem suicídio durante uma roleta russa? Eu já ouvi falar de coisas assim, não sei dizer se foi uma notícia mesmo ou se alguma lenda da deep web, mas me lembro de já ter ouvido falar de algo assim e um livro com uma história assim me pareceu interessante.

Este é o primeiro livro do autor e li algumas opiniões dizendo que a escrita dele melhora bastante. Não que a desse livro seja ruim mas daria pra dar uma enxugada no livro, alguns momentos poderiam ter sido descritos de uma forma mais objetiva.



Eu tive muita dificuldade em me conectar com os personagens porque de um modo geral eles são bem terríveis, no sentido das coisas que são capazes de fazer e do tipo de pensamento que eles têm. A violência que acontece neste livro é sem limites, aquela demonstração básica do pior que tem no ser humano.

A falta de conexão com os personagens poderia ser um problema, mas o que não se conecta com eles, compensa conectando com a história. É muito difícil não se sentir totalmente sugado pelo o que tá acontecendo e como as coisas na história vão se amarrando uma nas outras num crescendo absurdo. Em certos momentos podemos até imaginar o que vai acontecer a seguir (ou talvez eu tenha uma mente tão perturbada quanto a dele), mas mesmo assim é impossível não ficar impressionado com o nível de horror que pode acontecer naquele porão.

Eu fiquei na dúvida sobre como falar deste livro sem entregar nada dele porque isso faz toda a diferença. A constante sensação de curiosidade mórbida que sentimos é provavelmente o que faz essa leitura nos prender tanto.


O final eu achei meio questionável, não que tenha estragado a experiência mas eu acho que se o livro tivesse acabado antes, teria sido melhor. Acho que o tema do livro tem muito mais a ver com a essência humana, me lembrando um pouco com algo como “O senhor das moscas”, e gosto muito de quando os autores não têm medo de se jogar nas profundezas da mente humana para chegar ao pior que pode encontrar nela.

Não recomendo a leitura para qualquer um porque as descrições são fortes e pode impressionar muito os corações mais sensíveis. Mas pra quem gosta de um bom suspense/terror, vai na fé. Agora quero ler os outros livros do autor, sempre ouço coisas boas a respeito.


PS: Agradecimento a Mariana Mortari pelas fotos. =D




Sinopse: 1891. Um ano após o suicídio de Vincent Van Gogh, Armand Roulin (Douglas Booth) encontra uma carta por ele enviada ao irmão Theo que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com o pai, carteiro que era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a família do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto às pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou.



Direção: Dorota Kobiela e Hugh Welchman | Gênero: Animação | Ano: 2017