Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – aparentemente sem problemas – a participar de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte de seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo maior começa a se revelar.
Editora: Companhia das letras | Páginas: 342 | Ano: 2017 | Preço: R$ 39,90
Este livro explodiu minha cabeça por que foi uma leitura no susto.
Eu estava numa fase de ressaca literária e um dia, fui fazer hora na
livraria cultura porque ia encontrar uma amiga e cheguei muito cedo.
E como fazemos a hora passar numa livraria?
Depois de fuçar um pouco, me deparei com este livro, sentei e comecei
a ler um pouco, meio por curiosidade e eu não consegui parar
enquanto não terminei o livro. (Não, eu não li o livro todo na
livraria, tive que terminar em casa).
Há muito tempo um livro não prendia tanto a minha atenção quanto
este e fico muito feliz quando isto acontece.
E por que este livro em especial me causou tantas emoções?
A premissa do livro é muito interessante, mais do que isso, muito
instigante. Jovens cometem suicídio durante uma roleta russa? Eu já
ouvi falar de coisas assim, não sei dizer se foi uma notícia mesmo
ou se alguma lenda da deep web, mas me lembro de já ter ouvido falar
de algo assim e um livro com uma história assim me pareceu
interessante.
Este é o primeiro livro do autor e li algumas opiniões dizendo que
a escrita dele melhora bastante. Não que a desse livro seja ruim mas
daria pra dar uma enxugada no livro, alguns momentos poderiam ter
sido descritos de uma forma mais objetiva.
Eu tive muita dificuldade em me conectar com os personagens porque de um modo geral eles são bem terríveis, no sentido das coisas que são capazes de fazer e do tipo de pensamento que eles têm. A violência que acontece neste livro é sem limites, aquela demonstração básica do pior que tem no ser humano.
A falta de conexão com os personagens poderia ser um problema, mas o
que não se conecta com eles, compensa conectando com a história. É
muito difícil não se sentir totalmente sugado pelo o que tá
acontecendo e como as coisas na história vão se amarrando uma nas
outras num crescendo absurdo. Em certos momentos podemos até
imaginar o que vai acontecer a seguir (ou talvez eu tenha uma mente
tão perturbada quanto a dele), mas mesmo assim é impossível não
ficar impressionado com o nível de horror que pode acontecer naquele
porão.
Eu fiquei na dúvida sobre como falar deste livro sem entregar nada
dele porque isso faz toda a diferença. A constante sensação de
curiosidade mórbida que sentimos é provavelmente o que faz essa
leitura nos prender tanto.
O final eu achei meio questionável, não que tenha estragado a
experiência mas eu acho que se o livro tivesse acabado antes, teria
sido melhor. Acho que o tema do livro tem muito mais a ver com a
essência humana, me lembrando um pouco com algo como “O senhor das
moscas”, e gosto muito de quando os autores não têm medo de se
jogar nas profundezas da mente humana para chegar ao pior que pode
encontrar nela.
Não recomendo a leitura para qualquer um porque as descrições são
fortes e pode impressionar muito os corações mais sensíveis. Mas
pra quem gosta de um bom suspense/terror, vai na fé. Agora quero ler
os outros livros do autor, sempre ouço coisas boas a respeito.
PS: Agradecimento a Mariana Mortari pelas fotos. =D
Olá!
ResponderExcluirNão sei se leria esse tipo de livro, apesar da premissa ser bem interessante e os personagens com uma carga bem intensa. Acho que o impacto das cenas é que não sei se teria estomago para ler na íntegra.
O Raphel parece ter o dom de chocar o leitor, mas também deixar ponto para questionarmos e refletirmos sobre o comportamento do ser humano em situações extremas.
Beijos!
Camila de Moraes
Adorei a sua resenha, é realmente um livro bem difícil de a gente largar antes de terminar! O final eu achei genial, mas se tivesse terminado antes (sem aquela bomba) eu também teria achado, estava perfeito antes de descobrirmos aquilo. MAs enfim, é um excelente livro e adorei poder ver como foram as suas impressões com ele.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, quando leio suspense e terror fico vidrada a cada acontecimentos, pois a chave é prestar a atenção em todos os tópicos, fiquei muito interessada nesse livro, adorei a capa. Vou deixar anotada sua dica, fiquei intrigada com o que levou esses jovens a cometer tal atrocidades, e fiquei curiosa em saber o que as mães sentiram a ouvir os relatos. Parabéns pela resenha, bjs!
Oie!
ResponderExcluirEu já li dois livros do autor, e gostei muito da narrativa. Confesso que não tenho o hábito de ler livros de terror (no caso, os dois que eu li, eram de terror), mas sempre estou buscando gêneros diferente. Vou ler esse livro por conhecer o trabalho do autor.
Bjks!
Histórias sem Fim
Infelizmente minha experiencia com o Raphael Montes é precária. Li dois livros dele e não gostei de nenhum dos dois, por isso nem vou tentar um terceiro. A premissa desta história me parece muito original, mas realmente não quero encarar. Menina, esse negocio de começar a ler dentro da livraria já aconteceu comigo e eu fiquei doida pela história... rs
ResponderExcluirBeijos