Lançado em 1993, o filme A Lista de Schindler pode ser considerado um dos mais importantes trabalhos do diretor Steven Spielberg até os dias atuais. Os 25 anos da produção não fizeram com que a obra perdesse o seu valor, afinal, como afirmou o diretor, "o preconceito ainda é tema relevante em nossa sociedade, mesmo que agora ele se manifeste mais frequentemente em crimes de racismo e xenofobia".

         Apesar de sua popularidade, assisti ao filme apenas recentemente e posso dizer que ele superou todas as minhas expectativas. Neste texto irei destacar alguns pontos da produção e analisar com mais detalhes os limites entre ficção e realidade que o filme e o cinema propõem, e para isso precisarei mencionar alguns SPOILERS.

Sinopse: Ao iniciar a leitura deste livro, logo percebemos que o autor é um leitor ávido e simpático às indagações e devaneios existenciais. Contudo, conforme nossos olhos percorrem as linhas e histórias que costuram experiências reais à literatura, percebemos também que essas narrativas são muito mais do que resenhas literárias. Gabriel Soares amarra a erudição dos autores clássicos a um tom informal que logo nos remete às idiossincrasias da cidade pequena, e nos traz o espírito de quem contempla a vida como um contador de causos, mas com ares cosmopolitas, de quem percorreu o mundo por si mesmo e através das palavras dos autores que o acompanham em sua jornada. É como se reencontrássemos um amigo que há muito não víamos e ouvíssemos suas histórias de viagens e leituras no tempo de um café da tarde.

Editora: Dobradura | Páginas: 355 | Ano: 2018 | Preço: R$39,90 | Cedido Pelo Autor


“Nós estamos presos nessa enfadonha liberdade do bom senso social.”

Já faz algum tempo que recebi este livro do autor, mas acabei demorando um pouco para iniciar a leitura e, após terminá-lo, precisei de um de tempo para refletir sobre como escreveria esta resenha. O fato é que esse livro me tirou da zona de conforto literária na qual estava, e queria conseguir expressar o quanto isso foi enriquecedor para mim.

Estou muito mais acostumada aos livros de fantasia, ficção científica e poesia, e apesar de ler crônicas e autores clássicos muitas vezes, este livro me trouxe um tipo de literatura com o qual eu nunca tinha me deparado. Gabriel Soares nos apresenta um livro de crônicas que oferece todas as características para encantar um amante da literatura e da filosofia.

         Nas crônicas, o autor traz relatos de viagens feitas pelo mundo, sempre aproveitando para entrelaçar a elas algo que encontrou ao ler um livro. Dessa forma ele discute, de modo informal, ideias presentes em obras de autores e filósofos clássicos, sempre contextualizadas com algo presente em seu dia-a-dia.


Ao passar pela Argentina, pelo Chile ou pelos Estados Unidos, conhecemos um pouco sobre a literatura de Fiódor Dostoiévski, Albert Camus ou Thomas Mann. Em meio a conferências, cafés e livrarias de São Paulo o pensamento pode se voltar para questões discutidas por Platão ou Epicuro. E ao narrar sobre Birigui, sua cidade natal no interior de São Paulo, o autor nos faz pensar em qual seria a essência da cidade pequena.

Portanto, Cidade Pequena não é um livro exclusivamente sobre cidades pequenas. É um livro que apresenta aquilo que pode ser encontrado em qualquer cidade: o cotidiano e os questionamentos que ele propõe, independente do lugar em que estivermos. O autor nos mostra isso por meio de uma linguagem despretensiosa e um texto fluido, como uma conversa entre amigos.

         Durante a leitura, podemos encontrar temas como a biologia, o hedonismo, os direitos dos animais, o materialismo filosófico, o atomismo e também assuntos muito discutidos na atualidade, como a taxação de grandes riquezas, direitos humanos, entre outros. No entanto, é perceptível que a maioria das crônicas do autor trabalha muito com a discussão de temas existencialistas, que questionam a importância do ser humano no mundo. Afinal, será que nossa espécie é realmente importante? Será que a vida tem sentido?


O autor demonstra grande convicção e embasamento filosófico em seus argumentos e, particularmente, concordei com ele na maior parte das questões. Entretanto, devo citar que o tema de uma das crônicas é a religião e, neste aspecto em especial, imagino que leitores religiosos poderão não se identificar com o ponto de vista do autor, abertamente ateu. Pessoalmente, também tive leve discordância com a questão no livro, mesmo sendo uma pessoa que não segue religiões.  

        Entretanto, da mesma forma que o livro permite repensarmos e concordamos com os argumentos do autor sobre diversos temas, também permite que você discorde de tudo o que foi dito. Acredito que o ponto aqui não seja tentar convencer o leitor de algo, mas fazer com que ele se depare com uma perspectiva que não está acostumado a encarar.


O livro faz uso de uma dose de humor irônico em crônicas que frequentemente exaltam a importância da ciência, da arte e da literatura. Seja nos autores clássicos mencionados ou na própria história de vida de Soares, que logo descobrimos ser compositor em uma banda e dono de uma livraria (conheça mais sobre ela aqui).

        Particularmente, é um livro que me motivou a querer conhecer mais títulos literários, principalmente de autores existencialistas. Sempre tive interesse por filosofia, mesmo que meu conhecimento nessa área seja ainda muito básico, e esse livro surge como um caminho a alguém que quer mergulhar em um tipo de leitura mais questionadora. Indico muito!

Sinopse: Depois de um terrível acidente, um homem acorda na cama sofrendo de perda de memória. Tentando absorver o que estava acontecendo, começa então a desvendar uma teia de mentiras e enganos, suspeitando de sua esposa, que o mantém prisioneiro em sua própria casa.

Direção: Michael Polish | Gênero: Suspense | Ano: 2014

Sinopse: Antes de falecer, o milionário Sir Reginald Hargreeves adotou sete crianças a fim de treiná-las para combater o mal. Depois que ele morre misteriosamente, esses jovens habilidosos unem suas forças para seguir o caminho para o qual seu pai adotivo os criou e acabam se envolvendo em um mundo muito mais perigoso do que eles imaginavam ser possível.

Direção: Steve Blackman | Gênero: Ação | Ano: 2019