A Metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. O texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante - o famoso Gregor Samsa - transformado em um inseto monstruoso. A partir daí a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana - tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.
A Metamorfose é realmente uma leitura bem esquisita. Escrito em 1915 por Franz Kafka, A Metamorfose conta a história de Gregor Samsa e sua transformação que afeta drasticamente sua família.
É impossível não ler este livro e questionar sobre questões políticas que ainda são muito presentes, diria que até mais do que já era na época, como a alienação que o capitalismo desenvolve nas pessoas e como a pessoa é desumanizada quando não segue essas regras.
Mas boa parte do livro é na verdade sobre a relação familiar de Gregor e o quanto se distanciavam cada vez mais. O surrealismo com que nos deparamos no início do livro é algo que pode ser difícil para alguns leitores, pois o protagonista se transforma em um inseto, mas isso não parece nada demais.
É engraçado e triste perceber que a primeira preocupação de Gregor é com o fato de que precisa trabalhar e não que agora não tem mais formas humanas. Me fez pensar naquela situação comum em que o corpo humano implora por descanso, mas não é obedecido por que as obrigações estão à frente de nossa vida, saúde e bem-estar. Novamente, impossível não pensar nos pesados grilhões do capitalismo.
A relação familiar é curiosa, e também triste, pois por anos Gregor tem sido o provedor da família, trabalhando como caixeiro viajante de sol a sol, e sua impossibilidade de continuar a provê-los, o transforma em um nada para a família. Imagino que a primeira coisa que esperaria de meus entes queridos é que se acordasse transformada numa barata, eu teria apoio e não rejeição. É muito triste notar que a relação entre Gregor e sua família morreu quando ele acordou com várias patinhas e anteninhas, ou melhor, quando ele deixou de ser útil.
É impossível não ler este livro e questionar sobre questões políticas que ainda são muito presentes, diria que até mais do que já era na época, como a alienação que o capitalismo desenvolve nas pessoas e como a pessoa é desumanizada quando não segue essas regras.
Mas boa parte do livro é na verdade sobre a relação familiar de Gregor e o quanto se distanciavam cada vez mais. O surrealismo com que nos deparamos no início do livro é algo que pode ser difícil para alguns leitores, pois o protagonista se transforma em um inseto, mas isso não parece nada demais.
É engraçado e triste perceber que a primeira preocupação de Gregor é com o fato de que precisa trabalhar e não que agora não tem mais formas humanas. Me fez pensar naquela situação comum em que o corpo humano implora por descanso, mas não é obedecido por que as obrigações estão à frente de nossa vida, saúde e bem-estar. Novamente, impossível não pensar nos pesados grilhões do capitalismo.
A relação familiar é curiosa, e também triste, pois por anos Gregor tem sido o provedor da família, trabalhando como caixeiro viajante de sol a sol, e sua impossibilidade de continuar a provê-los, o transforma em um nada para a família. Imagino que a primeira coisa que esperaria de meus entes queridos é que se acordasse transformada numa barata, eu teria apoio e não rejeição. É muito triste notar que a relação entre Gregor e sua família morreu quando ele acordou com várias patinhas e anteninhas, ou melhor, quando ele deixou de ser útil.
Ao terminar a leitura eu não sabia como classificar a experiência, pois é uma leitura rápida, mas intensa, e os sentimentos que o livro lhe causa são difíceis de digerir no primeiro momento (ou no segundo ou décimo). Mas não é à toa que o livro é considerado um dos grandes clássicos da literatura, ainda mais quando pensamos que mesmo hoje, mais de 100 anos depois, o livro é extremamente atual. Ou melhor dizendo, tristemente atual.
0 comentários:
Postar um comentário